O procurador-geral da República, Paulo Gonet, estuda apresentar uma denúncia unificada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, reunindo acusações de diferentes inquéritos criminais. Entre os elementos estão a revelação do plano golpista, que incluía o assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, além de outras suspeitas como fraude em cartões de vacinação e venda ilegal de joias pertencentes à União.
Estratégia da PGR
A Procuradoria-Geral da República considera que há uma organização criminosa ligada a Bolsonaro, investigada pela Polícia Federal (PF), que teria atuado para tentar um golpe, atacar instituições, desviar joias e espionar adversários políticos. A PF deve concluir a investigação sobre o plano golpista nos próximos dias, com o relatório sendo revisado por Alexandre de Moraes antes de chegar à PGR.
Auxiliares de Gonet defendem que a análise integrada dos inquéritos ajudará a estabelecer conexões entre as ações do ex-presidente e seus aliados, fortalecendo a acusação.
Investigação e conexões
As investigações indicam cinco frentes principais de atuação ligadas a Bolsonaro e seu círculo:
- Ataques virtuais contra opositores (milícias digitais).
- Tentativa de golpe de Estado e ataques às instituições.
- Uso do poder público para fraudes, como falsificação de cartões de vacina e desvio de joias.
- Espionagem de adversários políticos, incluindo suposto uso irregular da Abin.
- Disseminação de informações falsas durante a pandemia.
De acordo com a PF, a estratégia usada para planejar o golpe foi semelhante à das milícias digitais que atacaram urnas e instituições democráticas.
Detalhes revelados
Um policial federal preso recentemente, Wladimir Matos Soares, teria fornecido informações sobre a segurança de Lula a militares envolvidos no plano golpista. Além disso, a PF apurou que Bolsonaro viajou para os EUA no final de 2022 após não conseguir apoio das Forças Armadas para o golpe. Durante essa viagem, parte das joias desviadas teria sido vendida para custear a estadia na Flórida.
Também há suspeitas de que Bolsonaro, Mauro Cid e outros familiares fraudaram seus cartões de vacinação para evitar problemas ao entrar nos Estados Unidos, que exigiam comprovante de imunização contra a Covid-19.
A PGR busca demonstrar que todas essas ações fazem parte de uma rede articulada, ligando os eventos a um plano coordenado para desestabilizar as instituições e o resultado das eleições de 2022.
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