Neste sábado (23), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou como uma "historinha" o inquérito da Polícia Federal que investiga um suposto plano de golpe de Estado durante seu mandato. Em conversa com apoiadores em Alagoas, o ex-mandatário afirmou que a investigação é uma "narrativa fabricada" pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em conjunto com a Polícia Federal.
“Não acredito nessa historinha de golpe. Golpe em que ninguém viu um soldado sequer na rua. Um tiro. Ninguém sendo preso. Alexandre de Moraes fica inventando narrativa com a Polícia Federal bastante criativa”, declarou.
Na última quinta-feira (21), a PF indiciou Bolsonaro e seus aliados no âmbito do inquérito sobre a tentativa de subverter o Estado democrático de direito após as eleições de 2022. O ex-presidente foi acusado de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado e participação em organização criminosa.
A lista inclui 37 nomes, abrangendo políticos, militares e ex-assessores próximos a Bolsonaro, como o ex-ministro da Defesa e seu candidato a vice, Walter Braga Netto, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto.
Alexandre de Moraes para quê? E depois envenenar? Vai plantar batata onde você bem entender. Pelo amor de Deus. Deixa de perseguir as pessoas por interesse pessoal”, criticou Bolsonaro.
Sobre os atos de 8 de janeiro, Bolsonaro descreveu os investigados pela destruição dos prédios dos Três Poderes em Brasília como "pobres coitados, inocentes, chefes de famílias, que não têm culpa de nada". Ele argumentou que apenas uma pequena parcela foi responsável pelas invasões à Câmara, Senado e STF.
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