Visando impedir a ruptura do arcabouço fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou na noite desta quarta-feira (27), em pronunciamento na TV, as principais medidas do pacote de corte de gastos.
Um dos pontos do pacote envolve o reajuste do salário mínimo. Haddad confirmou nova regra de reajuste, mas destacou que o piso continuará subindo acima da inflação.
Cálculo do salário mínimo
O principal objetivo do pacote de contingência econômica é manter o arcabouço fiscal nos conformes. Portanto, este deve regular as mudanças - principalmente a do salário mínimo.
Existe dois tipos de reajuste de salário: a correção, que só “atualiza” o dinheiro para equalizar valores e anular a inflação, e o aumento real, quando o trabalhador passa a ganhar um valor maior do que o anterior.
Para o cálculo do aumento real, o governo olha para o INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor, um cálculo de “quanto custa” viver) e para o valor do PIB de dois anos antes (quanto o país produziu de dinheiro internamente).
Mudanças do salário mínimo
Seguindo esses
cálculos, o aumento do salário mínimo em 2025 seria de cerca de 6,87%.
Porém, com as novas regras, o aumento deverá ser de, no máximo, 2,5%.
Isso se deve ao fato de que as novas regras não considerariam o INPC e o PIB, mas seriam limitadas pelo crescimento real do arcabouço fiscal - justamente esses 2,5% estimados.
A mudança equivale a R$ 6 no valor do salário (o novo piso é estimado em R$ 1.515). Mas o acúmulo compensa, pois essa mudança pode significar um corte de R$ 11 bilhões para o governo.
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