O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira que as negociações com os Estados Unidos serão retomadas em breve. As negociações vêm após a imposição de sanções que paralisaram a indústria petrolífera da Venezuela, enquanto o país se prepara para as eleições deste mês.
Maduro declarou que a iniciativa partiu de Washington e que Caracas aceitou a proposta após dois meses de cuidadosa consideração. “Na próxima quarta-feira, as negociações com os Estados Unidos serão retomadas”, afirmou Maduro na televisão estatal.
No ano passado, os Estados Unidos e a Venezuela iniciaram negociações secretas no Qatar, resultando em um amplo acordo de troca de prisioneiros mediado pelo Estado do Golfo. Como parte do acordo, Washington libertou Alex Saab, aliado de Maduro, acusado de lavagem de dinheiro. Em troca, a Venezuela entregou Leonard Francis, envolvido no maior escândalo de corrupção da Marinha dos EUA, libertou 20 prisioneiros políticos venezuelanos e liberou 10 detidos norte-americanos.
Os Estados Unidos suspenderam algumas sanções após um acordo entre o governo de Maduro e a oposição para realizar eleições livres e justas em 2024, sob supervisão internacional, em Barbados, em outubro passado. No entanto, o degelo terminou quando opositores de Maduro foram impedidos de concorrer nas eleições, resultando na reimposição das sanções em abril.
“Vamos debater e encontrar novos acordos para garantir o cumprimento de todos os termos, especialmente os assinados no Qatar”, disse Maduro. Ele expressou esperança por um futuro de diálogo, compreensão e um relacionamento melhor.
O Departamento de Estado dos EUA recusou comentar sobre os comentários de Maduro quando questionado pela AFP.
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