Governo : Haddad tenta evitar novos conflitos entre governo e mercado

 


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), intensificou suas ações devido à recente valorização do dólar, que fechou em R$ 5,65 na última segunda-feira (1°), atingindo seu nível mais alto desde janeiro de 2022.

Haddad expressou preocupação com a valorização do dólar e a consequente desvalorização do real, destacando a necessidade de uma melhor comunicação dos resultados econômicos do país.

"Atribuo a muitos ruídos [o aumento do dólar]", afirmou o ministro, citando discussões anteriores no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Conselhão).

“É preciso comunicar melhor os resultados econômicos que o país está alcançando. Hoje, tive mais uma confirmação sobre a atividade econômica e arrecadação de junho”, acrescentou.

Haddad destacou os resultados positivos na atividade econômica e arrecadação, ressaltando que a Receita Federal superou as expectativas pelo sexto mês consecutivo.

“Hoje, junho fechou acima do previsto pela Receita Federal. Estamos no sexto mês de boas notícias na atividade econômica e arrecadação”, completou.

Em contato frequente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro manifestou sua insatisfação com a situação econômica atual.

O presidente se comprometeu a apoiar a equipe econômica em resposta à pressão enfrentada pelo ministro, embora suas críticas recentes ao Banco Central tenham causado desconforto no mercado financeiro.

Haddad tem dialogado com Lula para alinhar o discurso e mitigar impactos negativos. “Estive com ele semana passada umas duas ou três vezes conversando sobre isso. E combinamos de retomar quando ele voltar de viagem”, pontuou.

O posicionamento estratégico do ministro visa tranquilizar investidores sobre a solidez da gestão econômica federal e reforçar o compromisso com a austeridade fiscal.

Internamente, os ministérios da Fazenda e do Planejamento estão trabalhando para apresentar um pacote de cortes de gastos até agosto. Haddad e Simone Tebet (MDB-MS) têm instado aliados a evitar conflitos com o Banco Central, uma medida ainda não totalmente adotada.

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