RS tem mais de 800 casos suspeitos de leptospirose após enchentes

 


Após as enchentes que afetam o Rio Grande do Sul, o estado contabiliza mais de 800 casos suspeitos de leptospirose que passam por análise no Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen/RS), segundo boletim divulgado na noite dessa sexta-feira (24).  No total, até o momento, quatro óbitos já foram confirmados pela doença.

De acordo com os últimos dados da Secretaria da Saúde (SES), 1.072 casos foram notificados e 54 foram confirmados. Além das quatro mortes identificadas, o Estado investiga mais quatro óbitos suspeitos de leptospirose em Encantado, Sapucaia do Sul, Viamão e Tramandaí.

As testagens realizadas pelo laboratório podem ser feitas por meio de biologia molecular (RT-PCR) — para casos suspeitos nos primeiros sete dias de sintomas —, e diagnóstico sorológico — após os sete dias de sintomas, para detectar o anticorpo produzido pelo organismo do paciente depois desse período. Ambas são feitas de forma gratuita.

“A realização dos exames está disponível para todos os casos considerados suspeitos e que tiveram exposição à enchente, e de forma gratuita”, afirma a chefe do Lacen/RS, Loeci Natalina Timm.

A leptospirose é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, especialmente de ratos. O contágio pode acontecer por meio de mucosas, lesões na pele ou até mesmo em pessoas que não apresentem qualquer tipo de machucado, mas caso fiquem longos períodos em contato com a água contaminada.

A doença é infecciosa febril aguda e os sintomas podem surgir entre um e 30 dias após a contaminação.

Veja os principais sintomas da leptospirose:

- Na fase inicial, os pacientes podem sentir febre igual ou maior que 38 ºC;
- Dor na região lombar ou na panturrilha;
- Dor de cabeça;
- Conjuntivite

Os sinais de alerta para gravidade da doença são tosse, hemorragias ou insuficiência renal.

Tratamento

De acordo com o Ministério da Saúde, os casos suspeitos de leptospirose devem iniciar o tratamento contra a doença imediatamente, sem a necessidade de confirmação laboratorial.

A recomendação é que pacientes que apresentem febre e dores — especialmente na região lombar e na panturrilha — e que tiveram contato com água ou lama da inundação por um período de até 30 dias antes do início dos sintomas recebam tratamento com quimioprofilaxia.

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