A ANA (Agência Nacional de Águas) e a SEMA (Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura) comunicaram nesta sexta-feira (24) que o Guaíba atingiu 4,27 metros em Porto Alegre por conta das chuvas que atingem a capital e boa partes das regiões do Rio Grande do Sul.
O mês de maio foi o mais chuvoso na capital gaúcha em mais de 100 anos, de acordo com informações do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A instabilidade já passou dos 100 milímetros só nas últimas 24 horas em Porto Alegre.
A Prefeitura de Porto Alegre está adotando medidas emergenciais, como
o uso de sacos de areia para conter o avanço das águas em áreas
vulneráveis. Cerca de 50 sacos estão sendo utilizados, com um peso total
entre 800 kg e 1 tonelada.
No entanto, o volume de chuvas tem sido tão expressivo que as galerias estão sendo obstruídas e as casas de bombas apresentam limitações para lidar com o volume de água.
Os moradores da região enfrentam uma realidade de insegurança e risco constante de alagamentos. Nas últimas horas, houve a necessidade de resgates em escolas e outras áreas afetadas.
A Prefeitura fechou as comportas do sistema anti cheias para impedir a invasão da água no perímetro urbano e evitar danos ainda maiores.
Os
trabalhos foram iniciados com o fechamento da comporta 3, que teve o
portão retirado anteriormente na tentativa de direcionar a água de volta
para o Guaíba.
A Defesa Civil está em alerta máximo, emitindo avisos para 26 pontos considerados de alto risco de deslizamentos e processos erosivos.
Em Cruzeiro do Sul, a retirada de 300 moradores foi necessária devido ao iminente risco de deslizamento de terra.
O estado já registrou 163 vítimas, 65 desaparecidos, 806 feridos, 645 mil desabrigados e quatro mortes por leptospirose decorrentes das enchentes.
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