Lideranças do PSDB afirmam que irão se opor à aliança em prol de Tebet

 


Pré-candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB, o ex-deputado Marcus Pestana (MG) anunciou nesta segunda-feira que, junto com outras lideranças tucanas, defenderá que o partido tenha candidatura própria na eleição deste ano. Ele também criticou a decisão da  direção da sigla comandada por Bruno Araújo de apoiar a senadora Simone Tebet, do MDB, como candidata única da terceira via .

"Esse caminho vai levar o PSDB à morte. Em nome da minha história de 34 anos de PSDB como seu fundador, em nome da ousadia da geração de 86/88 e da memória de Covas, Montoro e José Richa, manterei a defesa da candidatura própria amanhã na Executiva. (...) Essa estratégia da atual cúpula é liquidacionista e capitula à uma candidatura da valorosa senadora Simone que está longe de ter maioria no MDB", afirmou ele, ressaltando que tem do seu lado nomes influentes do PSDB, como o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, o deputado Aécio Neves, o senador Zé Aníbal  e o ex-ministro Pimenta da Veiga.

A aliança com o MDB em prol do nome de Tebet será o tema de uma reunião da Executiva do PSDB convocada para esta terça-feira. Os dirigentes deverão deliberar se aprovam ou não o nome da senadora.

Vencedor das prévias realizadas no fim de 2021, o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB-SP) desistiu hoje da disputa presidencial , abrindo caminho para a consolidação da candidatura de Tebet. Assim como Doria, a senadora ainda não é um nome de consenso dentro do PSDB.

A ala mais antiga da legenda, representada por Pestana, Pimenta da Veiga e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é contrária à ideia de o partido não encabeçar a chapa do chamado "centro democrático". Eles argumentam que esta será a primeira vez na história que o partido não terá um postulante à Presidência da República.

 

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