O presidente da República, Jair Bolsonaro afirmou neste domingo, em um discurso confuso a apoiadores, que, "se preciso for", fará um convite para que o "povo de São Paulo" se pronuncie sobre mudanças no sistema de votação. Ele segue defendendo o uso de papel, embora o sistema eletrônico não tenha apresentado fraudes desde que foi lançado, na década de 1990.
Sem explicar como seria feita essa eventual consulta sobre o voto impresso, Bolsonaro também não falou sobre repetir o ato em outras unidades da Federação e não explicou por que apenas São Paulo seria ouvida.
"Se o povo lá disser que o voto tem que ser auditado, que a contagem tem que ser pública, e que o voto tem que ser impresso, na forma como se propõe a PEC da deputada Bia Kicis, tem que ser desta maneira", disse Bolsonaro.
Ele ainda apontou que não está querendo "impor" nada, alegando ser a "vontade" do povo, e aproveitou para novamente questionar a lisura das eleições, mas uma vez sem apresentar provas. "Quem fala que a eleição é auditada é mentiroso. É quem não tem amor à democracia", acrescentou.
Vale lembrar que a ideia do voto impresso está na comissão especial da Câmara, que retomará os trabalhos na próxima semana, e deve derrubá-la. Diante do fato, Bolsonaro tem aumentado o tom nos últimos dias em favor do voto impresso.
Na última quinta-feira, fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais tentando mostrar que as eleições não são limpas. Ao mesmo tempo, admitiu não ter provas, mas sim "indícios" de irregularidades.
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