O governo do estado de São Paulo garante que vai começar a imunização contra a Covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), em janeiro e prometeu que essa imunização será total para os paulistas mesmo que não haja ajuda do Ministério da Saúde . O Palácio dos Bandeirantes não detalhou, no entanto, de onde virão os recursos para cumprir essa promessa.
Em setembro, o governo paulista assinou um contrato de compra de 46 milhões de doses da Coronavac, imunizante produzido pelo laboratório chinês Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan. O valor da compra foi de US$ 90 milhões, cerca de R$ 505 milhões na cotação do dólar à época) e este primeiro lote já está chegando da China.
A forma de custeamento das mais de 88 milhões de doses necessárias (duas para cada um dos 44 milhões de habitantes do estado) ainda não está clara.
"Se o governo federal incluir São Paulo, como é seu dever e a sua obrigação, e incluir a compra da vacina, nós seguiremos o programa nacional. Mas, se não o fizer, São Paulo começa a vacinar a partir janeiro a totalidade da população de São Paulo com os recursos do governo do estado e com sua capacidade de imunização amparada pelo Instituto Butantan", afirmou Doria, em coletiva na última quinta-feira (3).
Questionado, o governador não detalhou de onde virão estes recursos, se a Secretaria de Saúde já os separou e se podem vir, por exemplo, de doações, como já ocorreu com a fase de testagem da Coronavac, que teve dinheiro da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e do Todos pela Saúde, instituição do Itaú Unibanco.
Mais detalhes deverão ser apresentados no Plano Estadual de Imunização, que deve ser anunciado nesta segunda-feira (7).
Após a coletiva de quinta-feira (3), Dimas Covas,
diretor do Instituto Butantan, afirmou que as 46 milhões de doses já
estão sendo pagas. Ele também não deu maiores detalhes e disse que o
estado ainda espera um retorno do governo federal sobre os custos.
"Está na mão do ministério, eles têm todas as informações. O que nos assusta um pouco é que, quando o ministro [da Saúde, Eduardo Pazuello] fala que terá vacina, não especifica exatamente essa vacina, mas ele sabe que é essa vacina mais próxima que está disponível", afirmou Covas.
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