O Governo de São Paulo anunciou, na tarde desta terça-feira (22), novas medidas restritivas em todo o estado de São Paulo para contingência da pandemia da Covid-19 . A decisão foi tomada após reunião com o Centro de Contingenciamento e especialistas em saúde.
De
acordo com representantes do governo, apenas a região de Presidente
Prudente retornará à fase vermelha do Plano São Paulo, que permite
apenas o funcionamento de serviços essenciais à população. O restante do
estado, porém, passará por medidas mais restritivas durante o período
de Natal e Ano Novo.
As medidas - que buscam aliviar o impacto das festas de fim de ano -
serão especialmente aplicadas entre os dias 25 e 27 de dezembro e 1º e 3
de janeiro. Durante esses dias, eventos de qualquer natureza, abertura
de bares, restaurantes e outros serviços não essenciais estarão
vetados.
"Há exatamente nove meses atrás anunciamos nossa primeira quarentena.
Agora o Natal está chegando e eu queria muito estar aqui dizendo que nós
vamos poder celebrar de uma forma livre com as nossas famílias, mas
essa não é a realidade. O coronavírus não vai embora no Natal", disse a
secretária de Desenvolvimento Econômico do estado, Patrícia Ellen.
De acordo com informações do Centro de Contingência contra Covid-19 em
São Paulo, nas últimas quatro semanas o estado registrou um aumento de
54% no número de casos, com incremento preocupante na ocupação dos
leitos de Terapia Intensiva (UTI), que chega a 67% de ocupação na região
metropolitana da capital. A nova reclassificação de fase no Plano São
Paulo está prevista para o dia 7 de janeiro.
"Nós estamos num nível que, se aumentar o número de internações, nós podemos enfrentar um colapso no estado", reforçou o coordenador do Centro, João Gabbardo. Ainda segundo ele, há uma carência de profissionais de saúde disponíveis para lidar com a demanda. "A falta de profissionais ocorre porque hoje, muito diferentemente de quando começamos a pandemia, não estamos com a população paralisada em casa. Nós não tínhamos acidentes de trânsito ou cirurgias eletivas. Mas isso já tem quase um ano", explicou.
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