Governo prepara medida para garantir 100 milhões de doses da vacina de Oxford


O Ministério da Saúde está preparando uma medida provisória para garantir a compra de 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19 produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. O acordo que dará base ao acordo com o Brasil foi assinado na última 6ª feira (31.jul.2020) entre a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e a AstraZeneca.

Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, disse à Folha de São Paulo que “a medida provisória já se encontra em estudo no Ministério da Economia“. Ele explicou que os primeiros a serem imunizados serão idosos, profissionais de saúde, professores, profissionais de segurança, motorista de transporte público e pessoas privadas de liberdade.

Os públicos são definidos de acordo com cada doença e característica. Existe 1 público alvo para covid-19, mas pode haver variação, serão definidos os prioritários para serem imunizados“, explicou o secretário.

Segundo o ministério, caso se comprovem a eficácia e a segurança da vacina, 30 milhões de doses devem estar disponíveis de dezembro de 2020 a janeiro de 2021 e 70 milhões ao longo dos 2 primeiros trimestres de 2021. A vacina está na 3ª fase de testes, o que significa que se encontra em estágio avançado de desenvolvimento.

O Ministério da Saúde divulgou que fará investimento de mais de R$ 1,8 bilhão para a produção da vacina. A pasta vai repassar R$ 522,1 milhões para a estrutura de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos. O objetivo é ampliar a capacidade nacional de produção de vacinas. O restante do valor, R$ 1,3 bilhão, será gasto com despesas referentes a pagamentos previstos no contrato de encomenda tecnológica, que deve ser assinado na 2ª semana de agosto.

VACINAS NO BRASIL

O Brasil ainda participa de outro processo de testagem de vacina contra a covid-19. O Instituto Butantan, de São Paulo, realiza testes da vacina do laboratório chinês Sinovac Biotech. Participam 9.000 voluntários em 6 Estados.

Além desse, a Anvisa autorizou a empresa alemã BioNTech e a farmacêutica Pfizer a realizarem 1 ensaio clínico (testes de medicamentos em humanos) que estudará 2 tipos de vacinas contra a covid-19.

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