A
PF (Polícia Federal) cumpre nesta 2ª feira (21.jul.2020) mandados em
investigação que apura suposto esquema de caixa 2 na campanha de José
Serra (PSDB) ao Senado em 2014. A operação, que é desmembramento da Lava
Jato, apontou pagamento de R$ 5 milhões não contabilizados, feitos a
mando do empresário José Serpieri Júnior, alvo de 1 dos mandados de
prisão.
Seripieri é fundador e ex-presidente da
Qualicorp, grupo que comercializa e administra planos de saúde
coletivos. Segundo a operação, batizada de Paralelo 23, as doações a
Serra foram feitas em 2 parcelas de R$ 1 milhão e uma de R$ 3 milhões.
As ações ocorreram no ano de 2014, quando Serra ainda não era senador.
São cumpridos 4 mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão em São Paulo, Brasília, Itatiba e Itu.
Juiz
da 1ª Zona Eleitoral autorizou ainda o bloqueio judicial de contas
bancárias dos investigados. Depois da colaboração espontânea de pessoas
contratadas em 2014 para operacionalizar os pagamentos, o caso foi
remetido para a 1ª instância da Justiça Eleitoral de São Paulo.
As
investigações começaram em maio de 2020, com denúncia contra Paulo
Skaf. Depois, outras 2 operações foram deflagradas, contra o deputado
federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade), e contra o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB).
A
quebra do sigilo bancário e da troca de informações com o Coaf
(Conselho de Controle de Atividades Financeiras) ajudaram a identificar
os indícios do recebimento, por José Serra, dessas doações eleitorais
não contabilizadas. Elas foram repassadas através de operações
financeiras e societárias simuladas.
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