Estudo indica que vacina BCG pode reduzir casos de coronavírus


Um estudo do Instituto de Tecnologia de Nova York, nos Estados Unidos, indica que países que incluíram a BCG há décadas nos seus programas de vacinação são menos afetados pelo novo coronavírus.
O levantamento cita os exemplos da Itália e dos EUA. As duas nações não administram a vacina BCG em toda a população e estão sofrendo com a pandemia de Covid-19.
Nos EUA, são 457 mil casos confirmados e 16,2 mil mortes até 9 de abril. Já a Itália contabiliza 143 mil casos, e 18,2 mil mortes óbitos.
Uma prévia do estudo foi publicada na medRxiv, mas o material ainda não passou por revisão por pares.
Ao todo, segundo a revista Super Interessante, a pesquisa analisou o avanço e a mortalidade do coronavírus entre 9 e 24 de março em 178 países.
Os países que apresentam um programa universal de vacinação — o que inclui a vacina BCG–, têm até 10 vezes menos casos e mortes por Covid-19 a cada milhão de habitantes.
No entanto, de acordo com a revista Saúde, profissionais de saúde veem limitações importantes nessa pesquisa.
Em um comunicado, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) e outras duas entidades afirmam:
“O estudo apresentado tem falhas metodológicas significativas e foi publicado como um pre-print, um tipo de publicação que não é avaliada por revisores e não deve ser utilizada como recomendação clínica. Portanto, não é possível recomendar a vacinação com o BCG fora da rotina do Programa Nacional de Imunizações.”

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