Fluminense e Madureira estreiam na Taça Rio com "rivalidade" nos bastidores

Mario Bittencourt, em 2015, quando era vice-presidente de Futebol do Fluminense, teve atrito com o presidente do Madureira - Mailson Santana/Fluminense FC 


Fluminense e Madureira se encaram na estreia na Taça Rio, hoje (1º), às 16h, no Maracanã. O duelo, que marca o início da caminhada de ambos os times no segundo turno do Campeonato Carioca, tem uma pitada de rivalidade nos bastidores: de um lado, Mario Bittencourt, presidente do Tricolor carioca, do outro, Elias Duba, mandatário do Tricolor suburbano.
O motivo das rusgas entre ambos vem de quase cinco anos antes. Em abril de 2015, Fluminense e Madureira chegaram à última rodada da primeira fase com possibilidades de classificação à semifinal. Na semana do duelo, Duba havia feito declarações com críticas ao clube das Laranjeiras, a Fred - à época atacante e um dos principais nomes da equipe - e ao próprio Mário Bittencourt, então vice de Futebol.
Após a vitória do Fluminense por 2 a 1, com um gol já no fim, em Volta Redonda, Bittencourt extravasou e chegou a discutir com funcionários do Madureira. Depois, o dirigente tricolor concedeu uma entrevista coletiva com uma lata de refrigerante da mão e o nome de Duba colado - em referência às latas de Coca-Cola que tinham nomes.
Elias Duba, Presidente do Madureira, em evento na Ferj, em 2014 - Foto: Úrsula Nery / Ferj
Elias Duba, Presidente do Madureira, em evento na Ferj, em 2014
Imagem: Foto: Úrsula Nery / Ferj
"A Coca coloca o nome das pessoas. Coloquei o nome do presidente do Madureira porque é igual refrigerante: só pressão. É uma resposta. A provocação não foi feita por mim. Respeito demais o Madureira, mas o presidente deles disse coisas agressivas durante a semana. Isso é uma homenagem a ele. Foi uma semana inteira de muita pressão e pouca eficiência", disse Mário.
Posteriormente, Duba voltou a fazer duras críticas a Mário. Até mesmo Toninho Andrade, que era técnico do Madureira à época e ocupa o cargo atualmente, fez uma publicação em reprovação ao dirigente tricolor e chegou a lembrar a passagem do Flu pela Série C do Campeonato Brasileiro.
"Pensei muito antes de postar. O vice de futebol, Mário Bittencourt, deveria entender que, para poder ser vice de um grande clube, necessita saber respeitar profissionais de outros clubes. Não trabalho num clube de m..., muito menos sou m..... ?#?respeitoaoclube #?respeitoaosprofisionais? ?#?seuclubejaestevenaserieC".
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Em junho do ano passado, Mário Bittencourt encabeçou a chapa que se sagrou vencedora na eleição presidencial do Fluminense e, hoje, reencontra o Madureira ocupando o cargo máximo do clube.
A equipe comandada por Odair Hellmann, depois de ter feito a melhor campanha na Taça Guanabara, busca uma espécie de recomeço em 2020 pelos resultados recentes, quando foi eliminado na semifinal do primeiro turno do Estadual, caiu na primeira fase da Sul-Americana e passou susto na primeira fase da Copa do Brasil.
Após o triunfo por 4 a 2 sobre o Moto Club, na última quarta-feira, após estar perdendo por 2 a 0, o treinador aponta que o sistema defensivo ainda necessita de ajustes.
"Precisamos melhorar essa construção e concentração inicial, para que não aconteça mais isso. O primeiro gol foi uma saída numa bola longa nas costas da linha. A gente tinha visualizado essa possibilidade. E também a bola parada, que era forte no primeiro pau. Isso é ir para o treinamento, para o campo, além de fazer o que a gente fez, treinou, trabalhou, é corrigir, talvez mudar um pouquinho o posicionamento, ajustar um pouquinho o posicionamento ali dentro da área, que isso gera a confiança para não se tomar gol", afirmou.