A maior prova de que eu acredito na equipe econômica é não interferir. Está indo muito bem. Os dados são maravilhosos. De ontem para hoje, já está uma perspectiva de ascendência na questão da economia, dos dados da economia
Presidente Jair Bolsonaro
Apesar da declaração otimista do presidente, a situação não é exatamente "maravilhosa". Houve melhora em Bolsa e dólar, por exemplo, mas outros dados não sustentam essa avaliação.
PIB: A projeção de economistas para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2019, por exemplo, foi reduzida pela 20ª semana seguida: caiu de 0,82% para 0,81%.
DESEMPREGO: No trimestre encerrado em maio, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o desemprego no país foi de 12,3%, em média, considerando tudo (com e sem carteira assinada). O índice ficou estável em relação ao trimestre anterior, de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019 (12,4%), e caiu na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (12,7%). Segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil foi de 13 milhões de pessoas.
Em relação às vagas com carteira assinada, o Brasil abriu 32.140 postos em maio. Apesar de positivo, o resultado foi o pior para o mês desde 2016, quando foram fechadas 72.615 vagas.
DÓLAR: Este é um ponto positivo na economia. Na semana passada, o dólar comercial chegou a fechar no menor valor em mais de quatro meses, desde 28 de fevereiro (R$ 3,753), em dia de votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.
BOLSA: Outro item que melhorou: o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, bateu recorde na semana passada e continua acima de 100 mil pontos.
ATIVIDADE ECONÔMICA: Mais um ponto positivo. Após quatro meses consecutivos de queda, a atividade da economia reagiu em maio no Brasil, conforme dados divulgados na segunda-feira (15) pelo Banco Central. O Índice de Atividade do BC (IBC-Br), considerado uma "prévia informal" do PIB, subiu 0,54% na comparação com abril. Foi o primeiro resultado positivo no governo de Jair Bolsonaro.
Segundo turno da Previdência em agosto
A reforma foi aprovada em primeiro turno por 379 votos favoráveis. A margem de 71 votos acima do mínimo necessário (308) animou o mercado financeiro. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atribuiu o resultado a uma vitória do Congresso, e não do governo.A votação em segundo turno deve acontecer apenas em agosto, após o recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.
Se aprovado, o texto seguirá para o Senado, onde a perspectiva dos senadores é aprovar o texto em setembro.
"É sinal de que nós estamos, como um todo, transmitindo confiança não só para dentro como para fora do Brasil", afirmou Bolsonaro.