O juiz federal Sérgio Moro foi alvo de ataques neste domingo (8), após
impedir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixasse a prisão.
O petista teve um habeas corpus ao seu favor aceito pelo desembargador
Rogério Fravetto.
Assim que emitiu o
pedido de soltura do ex-presidente Lula, Fravetto ouviu a dura resposta
de Sérgio Moro, que afirmou que o colega do Tribunal Regional Federal da
4ª Região (TRF-4) não tinha competência, na condição de plantonista, de
determinar que o petista deixasse a cadeia.
Moro negou o despacho de
Fravetto e o ex-presidente continuou atrás das grades. Em seguida, o
desembargador emitiu novo pedido e deu o prazo de uma hora para que Lula
fosse solto – ele está preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba,
desde o dia 7 de abril.
Neste momento, o presidente
do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, determinou que Lula
deveria continuar preso e que apenas o relator da Lava Jato no tribunal,
João Pedro Gebran Neto, poderia decidir sobre o processo. Por conta de
toda essa movimentação, o juiz federal responsável pelo julgamento da
Operação Lava Jato em primeira instância, Sérgio Moro, recebeu ameaças
no Twitter.
Rogério Fravetto, autor do
pedido de libertação de Lula, foi filiado ao Partido dos Trabalhadores
(PT) entre 1991 e 2010. Ele chegou ao TRF-4 em 2011, indicado pela
ex-presidente Dilma Roussef.