A menina relatou durante a entrevista que tem um relacionamento complicado com a mãe. Segundo ela, a relação com o homem de 21 anos foi consensual. No entanto, de acordo com a lei manter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso com menores de 14 anos é considerado crime de estupro.
Isso quer dizer que mesmo que a garota tenha consentido com a relação, o caso é tratado como estupro, pois ela não possuí maturidade suficiente para discernir sobre a prática do ato. O autor ainda não foi encontrado e é considerado foragido pela justiça.
A mãe da criança grávida é alcoólatra e por isso o relacionamento delas é difícil. Um detalhe impressionante é que a jovem contou durante a entrevista que pretende cuidar do bebê que vai nascer. Atualmente, ela conta com o auxílio de uma tia que tem cuidado dela desde que descobriu que está grávida.
A tia da garota, que não quis se identificar, está com a guarda da sobrinha, concedida pelo conselho tutelar da cidade de Uberlândia. A menina vai precisar passar por acompanhamento psicológico e médico. Os familiares ainda terão que lidar com a dificuldade de morar em uma casa de apenas três cômodos que deverá ser desocupado o mais depressa possível.
Ana Cristina, a delegada responsável pelo caso, disse que a relação sexual com menores de 14 anos é considerado estupro de vulnerável, mesmo que a vítima tenha permitido. A pena prevista para esse crime é de 8 a 15 anos de reclusão.