A decisão do ministro Alexandre de Moraes não deixa margem para dúvidas, Zambelli perde o mandato, e a votação da Câmara que tentou salvá-la está anulada. Segundo Moraes, a deliberação do plenário ocorreu “em clara violação à Constituição”.
E, convenhamos, violar a Constituição para proteger uma deputada condenada a 10 anos de prisão não é exatamente um detalhe técnico. E é aí que tudo fica ainda mais grave, a Câmara tentou manter no cargo alguém presa em outro país, com duas condenações transitadas em julgado.
Quem paga essa conta? Nós. Da água à luz, do cafezinho ao salário, do gabinete ao fundo eleitoral, cada centavo sai do bolso do povo, aquele mesmo que nunca teria seu chefe “rejeitando a demissão” depois de duas condenações.
A decisão de Moraes simplesmente restabelece o óbvio, mandato não é escudo, e poder não é imunidade automática.
Se a Câmara esqueceu disso, alguém precisava lembrar. Hoje, quem foi protegido não foi o STF. Foi o contribuinte, que já paga demais, e ainda quase teve que pagar o mandato de quem nem deveria estar lá.



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