O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, nesta terça-feira (4), em vídeo compartilhado nas redes sociais do seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que a denúncia de coação apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra ele é uma construção para tirá-lo da disputa eleitoral de 2026.
Segundo Eduardo Bolsonaro, o julgamento da acusação no Supremo Tribunal Federal (STF), que foi marcado para este mês, é uma tentativa de o “tirar do tabuleiro político de qualquer maneira”.
Além do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a PGR também apresentou denúncia de coação em processo judicial contra o jornalista Paulo Figueiredo.
"Eu não tenho nada na minha mão que possa pressionar os ministros do STF. Eu não tenho caneta nem poder para assinar sanção, é um instrumento que não está à minha disposição. Isso é parte de uma construção para me tirar do tabuleiro político de qualquer maneira, para tentar enfraquecer o nome Bolsonaro e achar que assim eles vão enterrar o movimento político” , declarou.
O deputado disse que o julgamento apenas reforça o que tem dito sobre lawfare (uso de instrumentos jurídicos para prejudicar um adversário) e perseguição.
Segundo ele, “esse canhão vai se voltar contra todos
aqueles que Moraes e seus comparsas identificarem como inimigos,
permitindo que só uma direita permitida possa se configurar nesse
tabuleiro político brasileiro”.
E concluiu: “Estou convicto de que estou fazendo certo, porque a liberdade é sempre prioridade ”.
A declaração foi feita depois que o STF marcou a análise do caso, que será julgado em plenário virtual, de 14 a 25 de novembro.
Na denúncia, a PGR afirma que o deputado promoveu campanha para que o governo dos Estados Unidos aplicasse sanções a autoridades brasileiras para que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ficasse livre das acusações por golpe de Estado.
Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, Eduardo e Paulo Figueiredo agiram de forma reiterada para “submeter os interesses da República e da coletividade a objetivos pessoais e familiares”.
A Defensoria Pública da União (DPU), que defende o congressista, pediu ao STF que a denúncia seja rejeitada e afirmou que as manifestações congressista são “exercício legítimo da liberdade de expressão e do mandato parlamentar”.



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