Líder supremo do Irã diz que Líbano fará Israel "se arrepender de suas ações"

 


Após o  anúncio da morte do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, na manhã deste sábado (28), o líder supremo do Irã,  Ali Khamenei , disse que o Líbano fará Israel "se arrepender" dos ataques contra o país que acontecem desde a última semana.

"Pela graça de Deus, o Líbano fará o inimigo invasor, perverso e desacreditado [de Israel] se arrepender de suas ações", disse ele.

De acordo com Khamenei, é obrigação de todo muçulmano apoiar o povo do Líbano e o Hezbollah  "com quaisquer meios que tenham" e ajudar a confrontar o "regime usurpador, opressivo e perverso" de Israel, segundo a agência de notícias Reuters .

Os ataques contra o Líbano têm o objetivo de atingir alvos do Hezbollah, conforme o governo de Israel. Os bombardeios, no entanto, já deixaram mais de 700 mortos e provocaram o maior êxodo de libaneses desde o conflito de 2006.

Na ocasião, Khamenei não mencionou a morte do líder do Hamas, mas disse que o destino da região "será determinado pelas forças de resistência, com o Hezbollah na vanguarda".

"Todas as forças na região estão ao lado e apoiam o Hezbollah. Deixe os criminosos saberem que eles são muito insignificantes para causar qualquer dano grave à forte estrutura do Hezbollah no Líbano", afirmou.

Ele ainda disse que Israel  "não aprendeu nenhuma lição com a guerra criminal de um ano em Gaza".

Morte de Nasrallah

Ontem, o  Hezbollah sofreu um ataque aéreo israelense em seu quartel-general em Beirute, na tentativa de eliminar seu líder, Hassan Nasrallah. Desde então, o paradeiro do chefe do grupo era incerto e estava sob investigação.

Na manhã deste sábado, o  Exército israelense anunciou a morte de Nasrallah em um ataque em Beirute, no Líbano, na última noite. "Hassan Nasrallah está morto", anunciou o porta-voz militar, tenente-coronel Nadav Shoshani, no X.

O capitão David Avraham, outro porta-voz militar, também confirmou à AFP que o chefe do Hezbollah havia sido "eliminado" após os ataques dessa sexta-feira (27) na capital libanesa.

Uma fonte próxima ao grupo apoiado pelo Irã disse à AFP, sob condição de anonimato, que o contato com Nasrallah havia sido perdido desde sexta-feira à noite.

O  movimento islamista libanês confirmou, depois, que seu líder havia morrido em um bombardeio israelense.

"Sayed Hassan Nasrallah se uniu com seus companheiros mártires (...) cuja marcha liderou durante quase 30 anos", anunciou o grupo pró-Irã em um comunicado.

— Com informações de AFP

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