Oposição ao governo Lula articula abertura de CPI do Arroz

 


A oposição ao governo Lula está se mobilizando para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar questões relacionadas ao arroz. Esta articulação busca examinar possíveis irregularidades ou problemas na cadeia de produção, distribuição e preços do arroz, um dos alimentos básicos na dieta dos brasileiros.

A licitação em questão foi vencida pela ASR Locação de Veículos e Máquinas, empresa conhecida por sua ampla gama de atividades econômicas, incluindo o aluguel de carros.

A vitória no leilão causou irritação até mesmo no presidente Lula, que expressou sua insatisfação na semana passada ao comentar sobre a anulação do certame devido a uma suposta falcatrua na empresa vencedora.

A crise climática enfrentada no Rio Grande do Sul, que impactou a produção de arroz, foi o que levou à realização desses leilões, conduzidos pelo sistema "Leilão pra Você" da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Apesar da suspensão, o governo federal já anunciou que promoverá uma nova licitação, buscando garantir que "1kg de arroz seja vendido, ao máximo, a R$ 20" aos cidadãos brasileiros.

No entanto, a oposição manifestou oposição à licitação, argumentando que a medida prejudicaria os produtores nacionais. Com as suspeitas de fraude, os parlamentares contrários ao governo buscam esclarecer se há membros do Executivo envolvidos no caso.

Além disso, parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) desejam incluir a discussão das eleições no Rio Grande do Sul na pauta, visando eleger o maior número possível de prefeitos apoiadores de Bolsonaro. Assim, o objetivo é utilizar a CPI para difundir a narrativa de "corrupção petista".

João Edegar Pretto (PT-RS), presidente da Conab, pode se tornar o principal alvo das investigações caso a CPI seja instaurada.

CPI pode ser aberta

De acordo com o jornalista Cleber Lourenço, faltam 15 assinaturas para que a comissão seja oficialmente instaurada.

Apesar da crescente preocupação no governo, ainda não há movimentos concretos para impedir ou enfraquecer a CPI. O foco principal do governo é evitar uma "ruptura" com o Congresso devido a ações na área econômica.

 

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