O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmou que vai acatar a decisão dos clubes em relação à possível paralisação do Campeonato Brasileiro. O mandatário, que está em Bangkok, na Tailândia, para participar do Congresso da Fifa, declarou que as determinações serão discutidas pelo Conselho Técnico convocado para o dia 27 de maio. No entanto, ele ressaltou que uma paralisação poderia acarretar em complicações para o calendário e a economia no futebol.
"Temos um calendário desafiador, e uma paralisação pode tornar tudo ainda mais complexo", disse Ednaldo em entrevista ao 'ge'.
Ednaldo abordou a união dos clubes da Liga Forte União para a possível paralisação do Brasileirão e afirmou que irá acatar a decisão se for o consenso da maioria. No entanto, ele destacou as dificuldades que surgiriam para o calendário do futebol brasileiro.
"Sobre o pedido de paralisação, é importante que possamos ouvir todos os clubes para tomar uma decisão. Isso envolve o calendário, as vagas para as competições sul-americanas e até mesmo o Mundial de Clubes, caso um clube brasileiro vença a Libertadores. Não é uma questão simples. Mas somos uma gestão democrática. Depois de discutir todos esses pontos para que eles decidam, não posso ir contra (os clubes) porque nossa administração é baseada na democracia. Vamos apresentar argumentos contrários a essa paralisação, mas vamos respeitar a decisão dos clubes", afirmou o presidente da CBF, continuando sua fala.
Ao construir uma competição, reunimos o Conselho Técnico para decidir sobre o início, término, promoção e rebaixamento. A CBF tem a prerrogativa de adiar jogos. No entanto, uma paralisação afeta toda a cadeia produtiva do futebol. Portanto, é importante que a CBF não tome uma decisão unilateral, mas sim democrática. Sempre seguimos esse princípio", acrescentou.
"Liga Forte União pede para presidente da CBF parar o Brasileirão"
Os clubes da Liga Forte União se uniram em favor da paralisação do futebol brasileiro. Na noite desta segunda-feira (13), divulgaram uma nota oficial conjunta solicitando isso devido à tragédia climática das enchentes no Rio Grande do Sul.
Onze clubes da Série A assinaram a nota: Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude e Vasco.
Eles receberam apoio de Atlético-MG e Grêmio, ambos da Libra, que também se posicionaram a favor da paralisação. Em resposta, a CBF marcou uma reunião para 27 de maio com os clubes para discutir os próximos passos no futebol brasileiro.
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