O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pode deixar o Republicanos e se transferir para o PL antes das eleições municipais, o que tem causado incômodo entre os pré-candidatos a prefeito filiados ao Republicanos.
Internamente, muitos pré-candidatos procuraram assessores e deputados para expressar sua insatisfação com a possível saída do governador para a sigla comandada por Valdemar Costa Neto.
Os pré-candidatos alegam que permaneceram no Republicanos para utilizar a imagem de Tarcísio como cabo eleitoral. A possível transferência do governador para o PL enfraqueceria essa estratégia, já que muitos dos adversários políticos dos pré-candidatos estão no PL e se beneficiariam da popularidade de Freitas.
Diante disso, os pré-candidatos a prefeito pediram que Tarcísio adiasse sua transferência para o PL até depois das eleições, para não prejudicá-los.
Declaração de Valdemar
As reclamações se intensificaram depois que Valdemar Costa Neto afirmou ao Estadão que Tarcísio se juntaria ao PL em junho, após um pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A notícia gerou uma enxurrada de mensagens enviadas às lideranças do Republicanos de pré-candidatos revoltados. Em resposta, Tarcísio desmentiu a informação e agora considera adiar a transferência para novembro, em concordância com os pré-candidatos.
A decisão final sobre a mudança de partido de Tarcísio dependerá de Bolsonaro, que ainda não se posicionou sobre o tema. Bolsonaro está aguardando o desenvolvimento das negociações em torno da sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara.
Se o PL fechar um acordo com o Republicanos e apoiar Marcos Pereira, a tendência é que Bolsonaro concorde com o adiamento da ida de Tarcísio ao PL. Caso contrário, ele poderá pressionar o governador a mudar de partido antes das eleições municipais.
Enquanto isso, os pré-candidatos a prefeito e até mesmo a vereador filiados ao Republicanos continuam tensos e preocupados com o futuro político de suas campanhas.
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