Cinco alvos da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal , receberam dinheiro do PL em 2023. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atual presidente de honra do PL , e Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, recebem o salário de R$ 30,4 mil por mês do partido. Já o ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto , que também é secretário de Relações Institucionais da legenda, ganha R$ 28,8 mil mensalmente.
No ano passado, Braga Netto recebeu R$ 386.183,55 no total, segundo prestação de contas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele teve a maior quantia recebida entre os três. De acordo com o órgão, foram feitos 14 depósitos ao ex-ministro. Em janeiro de 2023, ele recebeu dois depósitos no valor de R$ 24,8 mil, e mais dois em abril, de R$ 28,8 mil.
Bolsonaro recebeu R$ 261.247,46, em nove parcelas, que foram depositadas a partir de abril. A primeira foi no valor de R$ 17,3 mil. Em maio, o valor passou a ser R$ 30,4 mil.
Já Valdemar Costa Neto, preso pela Polícia Federal em flagrante por posse ilegal de arma na manhã de ontem (8) , recebeu R$ 377.371,12 em 2023. Segundo o TSE, foram 13 parcelas. Duas de R$ 24,7 mil em janeiro, e uma em março, de R$ 28,7 mil. Em abril, passou a ser de R$ 30,4 mil.
Os pagamentos são feitos com verbas públicas, do Fundo Partidário. Cada legenda recebe um valor calculado referente ao número de deputados eleitos.
Ex-assessores
Um dos ex-assessores de Bolsonaro, Tércio Arnaud, foi contratado pelo PL para "serviços técnicos profissionais" e recebeu R$ 119.509,54 em 2023. O partido prestou contas ao TSE apresentando nove depósitos, a partir de maio de 2023, com diferentes quantias.
31 de maio - R$ 14.509,54
20 de junho - R$ 15.000
31 de julho - R$ 11.161,25
31 de julho - R$ 3.838,75
31 de agosto - R$ 15.000
30 de setembro - R$ 15.000
31 de outubro - R$ 15.000
30 de novembro - R$ 15.000
28 de dezembro - R$ 15.000
Arnaud foi assessor especial do Presidente da República no governo de Bolsonaro. Na época, ele recebia o salário bruto era de R$ 13.623,39. Ainda, Tércio foi apontado como um dos principais nomes do "gabinete do ódio" do Palácio do Planalto.
Já Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro,
também foi contratado pelo PL com o mesmo objetivo de Arnaud. Ele
recebeu R$ 55,5 mil da sigla a partir de outubro, em três depósitos de
R$ 18,515,52.
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