PF: 1,5 mil números de telefone foram espionados no governo Bolsonaro

 


Uma investigação conduzida pela Polícia Federal revelou que cerca de 1,5 mil números de telefones foram alvo de espionagem ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), segundo informações do G1. As acusações apontam para o uso indevido da Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro para monitorar autoridades e rivais políticos.

O principal alvo das investigações é Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da pasta, que teria sido o responsável por comandar as ilegalidades. Em uma ação coordenada, a Polícia Federal realizou busca e apreensão contra Ramagem, visando esclarecer sua suposta participação no uso irregular da Abin.

A PF afirmou que a Abin utilizou o software FirstMile durante o período em que Ramagem ocupava o cargo de diretor-geral do órgão, durante o governo Bolsonaro.

Esse software, adquirido durante a gestão do ex-presidente Michel Temer, foi utilizado de forma ilegal para monitorar a localização de aparelhos telefônicos pertencentes a políticos, policiais, servidores públicos, membros do poder judiciário e jornalistas.

Em resposta às acusações, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) emitiu um comunicado esclarecendo que o contrato referente ao software em questão teve início em 26 de dezembro de 2018 e foi encerrado em 8 de maio de 2021. Além disso, afirmou que a solução tecnológica não está mais em uso desde então.

As investigações sobre o suposto uso ilegal da Abin para fins de espionagem política continuam em andamento, com a PF buscando esclarecer os detalhes e responsabilidades relacionadas a esse caso.

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