O Ministério da Saúde palestino na Faixa de Gaza acusou, em nota
, o exército israelense de crime de guerra
por deliberadamente atacar médicos, hospitais e ambulâncias na região.
O Direito Internacional Humanitário (DHI) estabelece, nas normas 28 e 29, que "os transportes sanitários destinados exclusivamente ao transporte médico devem ser respeitados e protegidos em todas as circunstâncias", caso contrário, as ações podem ser consideradas crimes de guerra.
Segundo o texto do Ministério, a Faixa de Gaza já sofria com escassez de medicamentos, profissionais e combustíveis quando Israel decidiu impor um bloqueio geral de suprimentos, inclusive comida, ao enclave.
"A agressão israelita agravou ainda mais esta situação", diz
o documento, adicionando: "Continua faltando energia elétrica para
operar o sistema de saúde. Isto ameaça a vida de todas as pessoas
doentes e feridas."
O ministério acusa o governo israelense de expandir seu alvos para "pessoal médico, instalações de saúde e ambulâncias, o que causou a morte de 5 profissionais de saúde e o ferimento de outros 10."
Além disso, sete hospitais e centros de saúde foram
atingidos e sofreram danos diretos. Entre eles, o Hospital Beit Hanoun
(o único na cidade de Gaza), que se encontra fora de serviço "devido aos
repetidos ataques nas proximidades do hospital, o que levou à suspensão
dos seus serviços."
Entre ambulâncias, foram 11 atingidas, sendo um dos veículos de saúde destruídos, o que o colocou fora de serviço.
"O Ministério da Saúde apela à comunidade internacional para que apoie a necessidade emergencial de medicamentos vitais, produtos médicos descartáveis, combustível e geradores de alta capacidade, face à contínua falta de eletricidade e à escassez médica", finaliza o texto.
Na segunda-feira (9), o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou um "bloqueio completo" da Faixa de Gaza. Ele acrescentou que Israel está lutando contra "humanos animais" e que as medidas seriam "de acordo" com isso.
O Ministério da Saúde palestino e a OMS pedem um corredor humanitário “para garantir a entrada de ajuda médica urgente” nos hospitais de Gaza.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou a decisão de Israel de ordenar um “cerco total” a Gaza, incluindo a proibição de alimentos e água. A ONU ponta ainda que mais de 123 mil palestinos estão desalojados.
"O Ministério da Saúde apela à comunidade internacional para que apoie a necessidade emergencial de medicamentos vitais, produtos médicos descartáveis, combustível e geradores de alta capacidade, face à contínua falta de eletricidade e à escassez médica", finaliza o texto.
Na segunda-feira (9), o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou um "bloqueio completo" da Faixa de Gaza. Ele acrescentou que Israel está lutando contra "humanos animais" e que as medidas seriam "de acordo" com isso.
O Ministério da Saúde palestino e a OMS pedem um corredor humanitário “para garantir a entrada de ajuda médica urgente” nos hospitais de Gaza.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou a decisão de Israel de ordenar um “cerco total” a Gaza, incluindo a proibição de alimentos e água. A ONU ponta ainda que mais de 123 mil palestinos estão desalojados.
O Canal 12 de Israel afirma ainda que o país vai bombardear caminhões que usarem a fronteira do Egito com Gaza para envio de suprimentos.
A ação é listada como crime de guerra pelo Direito Internacional Humanitário e pelo próprio Manual de Guerra de Israel.
O artigo 53 do DIH diz que "é proibido o uso da fome da população civil como método de guerra", e que "a prática do Estado estabelece esta regra como uma norma de direito internacional consuetudinário aplicável em conflitos armados internacionais e não internacionais".
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