O Hezbollah, grupo libanês apoiado pelo Irã, ameaçou os Estados Unidos após o posicionamento de um porta-aviões no leste do Mar Mediterrâneo em apoio a Israel -seu aliado - na guerra declarada contra o grupo extremista Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
"Nós somos mil vezes mais fortes do que antes", disse Hashem Saifeddine, que é um dos dirigentes do grupo, nesta quarta-feira (18), diante de uma multidão que protestava contra o bombardeio a um hospital em Gaza na noite passada. Até então não se sabe ao certo de onde partiu o ataque, cuja autoria o Estado de Israel nega.
Saifeddine também disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (que está visitando Israel), o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, e os "europeus maliciosos" devem se cuidar, pois “a resposta ao erro que vocês podem cometer com nossa resistência será retumbante".
Referindo-se ao apoio militar ofertado pelos EUA a Israel, Saifeddine disse: “o que temos é a fé, e Deus é mais forte que vocês, todos seus navios de guerra, todas suas armas".
A entrada do Hezbollah no conflito, atacando mais fortemente a região norte de Israel, é um dos fatores de risco para uma escalada de violência no conflito que já é um dos mais mortais da história na região.
O "dia de ira" convocado pelo Hezbollah contra as forças estrangeiras que interferem no conflito armado foi demonstrado não apenas nas ruas do Líbano, mas também por meio de protestos - uma menina de 12 anos está entre os mortos - e ataques às embaixadas estadunidenses e israelenses em outras partes do mundo.
Até agora, lideranças de Teerã têm feito declarações ambíguas.
Enquanto negam ter participado dos ataques terroristas do Hamas que
deram início à guerra, o Irã mantém seu apoio aos grupos extremistas.
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