Bomba! Moro colocou policial infiltrado em escritório de Tony Garcia


 Numa decisão de 15 de dezembro de 2004, tomada após a assinatura do acordo de colaboração do empresário e ex-deputado estadual do Paraná, Tony Garcia, o senador e ex-juiz, Sergio Moro , determinou a instalação de escutas no escritório de Tony, além de infiltrado um policial federal no local, como se fosse um secretário do ex-parlamentar. A informação é do blog da Daniela Lima.

Ao Supremo Tribunal Federal (STF), Tony informou que essa estrutura montada por Moro permitiu que o ex-juiz grampeasse autoridades que tinham direito à prerrogativa de foro privilegiado, como o Tribunal de Contas do Estado do Paraná no ano de 2005, Heinz Georg Herwig.

O ex-deputado afirma que o aparato à disposição de Moro permitiu ao ex-juiz obter informações de ministros do STJ, conselheiros do TCE e desembargadores do TRF-4, todas autoridades com prerrogativa de foro.

Na decisão judicial, Moro escreveu que o andamento das investigações iniciadas em 2005 exigiria a "instalação de equipamento de escuta ambiental, preferivelmente áudio e vídeo, com capacidade para gravação por períodos longos, em duas salas e em estabelecimentos distintos". 

A decisão também prevê "a provável utilização, por um período de cerca de seis meses, de agente policial infiltrado como secretário de escritório de prestação de serviços", alegando que "as medidas visam à investigação de crimes de colarinho branco provavelmente cometidos por agentes políticos e públicos".

Tony afirmou ainda que o conteúdo dos grampos era entregue a Moro em mãos, sem passar pelo Ministério Público antes. Moro afirma que o ex-parlamentar é um “criminoso condenado” e contesta as denúncias afirmando que ele mente às autoridades.

Em nota que enviou ao portal G1, Moro disse que “não existe, nem nunca existiu gravação de magistrado, nem nunca foi solicitado dele gravações de autoridades com foro".

"As suspeitas eram principalmente de tráfico de influência, de terceiros que haviam pedido dinheiro a pretexto de entregá-los a autoridades sem que essas participassem dos ilícitos", disse Moro.

O senador afirmou ainda que “uma das pessoas investigadas, aliás, foi condenada exatamente por este crime”, e que “os depoimentos foram colhidos perante a autoridade judiciária com a presença de representante do Ministério Público e de defesa" há 17 anos.

 

 

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