O petista afirmou que "não é normal" que as pessoas com renda acima de seis salários mínimos estejam entre os 10% mais ricos do país. Lula destacou ainda que 68% da arrecadação do Imposto de Renda vem de pessoas que ganham pouco.
"Agora, quem tem lucro, quem tem dividendo, não paga. Quem é rico ainda desconta o plano de saúde que paga e quem termina pagando são os pobres que não têm plano de saúde. Então, nós vamos mudar essa história", disse nesta quarta-feira (12) em Salvador, onde Lula participou de um ato eleitoral.
O ex-presidente prometeu que, se eleito, fará uma reforma tributária para beneficiar os mais pobres.
"Tem muita gente ganhando pouco, e muitos poucos ganhando muito. Tem que ter uma inversão. Nós vamos ter que fazer uma política tributária correta. Não é possível que um trabalhador que vai comprar um quilo de feijão pague o mesmo imposto que paga o presidente do Santander", disse.
A promessa de Imposto de Renda zero para quem ganha até R$ 5.000, segundo a Unafisco, elevaria o número de isentos de 7,6 milhões para 23,8 milhões (16,2 milhões a mais) com um ajuste integral da tabela, de 147,4%, dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 4.710,49.
O petista voltou a criticar o aumento da fome, especialmente entre as crianças. Lula lembrou que no Dia das Crianças, comemorado ontem, milhões passariam "sem uma única lembrança porque o pai e mãe não podem dar".
Eu sempre digo que as pessoas não querem muito. As pessoas querem o suficiente para viver com decência", disse.
"Quantas crianças vão dormir sem poder tomar um copo de leite? Isso não é normal. Isso não é falta de dinheiro, é falta de vergonha na cara da elite brasileira", afirmou.
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