Tite pode pedir demissão após jogo contra o Paraguai e CBF mira em Renato Gaúcho

 

No tabuleiro de xadrez que opõe, de um lado, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, e do outro, jogadores e comissão técnica da seleção brasileira, cresce a expectativa, na entidade, de que Tite possa pedir demissão depois do jogo contra o Paraguai, terça-feira, pelas Eliminatórias para a Copa do Qatar. 

A crise gerada pela transferência da Copa América para o Brasil, admitida pelo próprio treinador na quinta-feira, na entrevista coletiva às vésperas do jogo contra o Equador, nesta sexta-feira, pode ser a gota d'água na trajetória de Tite na seleção. O tom assumido pelo técnico nas respostas à imprensa, assertivo para seus padrões, reforçou a impressão de que a ruptura do trabalho pode estar próxima.

Gerou insatisfação a maneira como Caboclo conduziu as conversas para receber a competição no país, depois das desistências de Colômbia e Argentina. Os lideres do grupo de jogadores, que incluem Alisson, Thiago Silva, Casemiro e Neymar, manifestaram-se, e o elenco teve reuniões tanto com a comissão técnica, quanto com o dirigente. Tite e sua equipe se posicionaram totalmente a favor dos atletas.

 O caso se soma a outros dois episódios que incomodam o treinador: a crise institucional vivida pela CBF desde que Caboclo passou a ser ameaçado por uma funcionária, que diz ter sido alvo de comportamento inadequado do dirigente; e o vazamento, em reportagem da "ESPN", de uma conversa entre Caboclo e Edu Gaspar, então coordenador da seleção, depois da Copa da Rússia, em 2018, em que o presidente faz duros questionamentos ao trabalho de Tite e de sua comissão técnica, em especial o auxiliar Cleber Xavier, seu braço direito.

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