O governo federal entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o plano nacional de imunização. O envio do documento ao gabinete do ministro Ricardo Lewandowski foi feito nas vésperas do julgamento marcado para discutir a obrigatoriedade da vacina e a apresentação, por parte do governo federal, de um plano contra a doença.
Com 94 páginas, ele foi divulgado após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dizer que o maior erro político cometido pelo governo até agora foi não se preparar para comprar a vacina contra o novo coronavírus .
De acordo com o plano do governo, o Brasil já garantiu 300 milhões de doses de vacinas covid-19 por meio dos acordos: Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões de doses, até julho/2020 e mais 30 milhões de doses/mês no segundo semestre); Covax Facility (42,5 milhões de doses) e Pfizer (70 milhões de doses em negociação).
“A interrupção da circulação da covid-19 no território nacional depende de uma vacina altamente eficaz sendo administrada em parcela expressiva da população (>70%). Em um momento inicial, onde não existe ampla disponibilidade da vacina no mercado mundial, o objetivo principal da vacinação é contribuir para a redução de morbidade e mortalidade pela covid-19, de forma que existe a necessidade de se estabelecer grupos prioritários”, afirma o plano.
O governo também definiu que a população prioritária
para vacinação na primeira fase serão: os trabalhadores de saúde; as
pessoas com 80 anos ou mais; as pessoas de 75 anos a 79 anos; pessoas de
60 anos ou mais “institucionalizadas” (que vivem em abrigos ou casas de
repouso); e indígenas. Essa etapa é dividida em quatro fases. Somando
as quatro fases dos grupos prioritários, o plano prevê 108,3 milhões de
doses.
“Vale ressaltar que os grupos previstos são preliminares, passíveis de alteração a depender das indicações da vacina após aprovação da Anvisa, assim como as possíveis contraindicações”, ressalta o documento.
O ministério informou ainda que conta com uma frota
de 150 veículos "refrigerados". O plano cita a entrega de insumos por
rodovia para: Santa Catarina, Espirito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás,
Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Minas Gerais e demais estados em
um raio de 1.400 km.
Também há previsão de envio por avião para pontos distribuição, de onde o material seguirá por rodovia.
No Nordeste, Recife receberá o material levado por aviões. No Norte, o governo tem acordos com as companhias aéreas Azul e Latam, além de companhias de aviões cargueiros particulares, com entregas em Manaus, de onde segue para Rio Branco, Porto Velho e Boa Vista. Também será enviado insumo por avião para Belém, seguindo até Macapá.
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