Com o fim do ano chegando, o governo já decidiu que o auxílio emergencial se encerrará. Mesmo que alguns ministros e outros membros da equipe do presidente Jair Bolsonaro façam pressão para que o benefício seja renovado, a equipe econômica e a ala política já trabalham com a ideia de que uma extensão é impossível.
"A prorrogação do auxílio necessita de Orçamento de Guerra , não há recursos para isso. Para termos um novo auxílio temos que ter um novo Orçamento de Guerra, que precisaria ser votado na Câmara e no Senado numa emenda constitucional", disse o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo, ao UOL.
O deputado disse, também, que " não há tempo hábil e não houve iniciativa de qualquer parte para que se prorrogasse ou se renovasse o Orçamento de Guerra".
A equipe econômica tenta, ainda, arranjar algum tipo de suporte aos milhares de "invisíveis" que foram beneficiados com a medida, mas que não estavam contemplados no Bolsa Família .
De acordo com Ricardo Barros, estão sendo estudadas a ampliação do Bolsa Família, para atender parte dessa população com um valor maior do que o atual, e políticas de microcrédito para incentivar a atividade econômica.
Previsões para 2021
Nesta terça-feira (22), Barros fez um pronunciamento na tribuna da Câmara para falar do combate à pandemia e suas medidas feitas pelo governo e pelo Congresso . Na ocasião, ele afirmou que espera que no ano que vem as reformas avancem no parlamento.
"Espero que juntos possamos modernizar o país, fazer as reformas constitucionais necessárias e enfrentar votações duras e necessárias. Se queremos manter o teto de gastos precisamos conter a despesa. Inevitavelmente esse é o único caminho para nós podermos dar o sinal de que, ao longo do tempo, teremos contas públicas equilibradas", disse.
Barros afirmou, também, que é preciso ter coragem de extinguir privilégios e que em 2021 é preciso "seguir o mantra do presidente Jair Bolsonaro: 'Não tem aumento da carga tributária, não tem fura teto e não tem prorrogação de orçamento de guerra'".
A previsão do líder é de que 2021 será um " ano difícil, de orçamento justo e de rigor fiscal ".
"Vamos conseguir avançar nessa direção, dar um sinal para o mercado que o Brasil tem compromisso com o ajuste fiscal e conseguir investimentos que nos permitirão criar empregos".
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