Durou exatamente um mês o período de indefinição sobre o novo treinador do Corinthians . Desde a saída de Tiago Nunes, em 11 de setembro, o clube vivia o dilema de manter Dyego Coelho no cargo ou enfrentar o mercado de treinadores que foi durante todo o tempo bastante difícil diante das peculiaridades do momento vivido dentro e fora de campo pelo Timão. Mas os dirigentes chegaram a um consenso e Vagner Mancini foi o escolhido.
O próprio presidente Andrés Sanchez, em coletiva virtual,
confirmou a proposta pelo ex-Atlético-GO. O mandatário, inclusive, era
um dos defensores da permanência de Dyego Coelho, porém os resultados
ruins e a iminente entrada do time na zona de rebaixamento do
Brasileirão, fizeram Andrés mudar de ideia. A decisão, porém, vale
destacar, já havia sido tomada antes da vexatória derrota de virada para
o Ceará, por 2 a 1, quando o adversário teve um homem a menos por meia
hora.
- Ele (Mancini) é um treinador que não é defensivo, não é ofensivo, ele
consegue mesclar. Olhamos os trabalhos dele nos últimos tempos, é um
cara que conhece o futebol em São Paulo e no Brasil e por isso estamos
optando por ele. Mas é resultado, independentemente do nome, se ganhar
você vai falar bem. Se perder, vão dizer que foi escolha errada.
Infelizmente, só a vitória que interessa neste país - justificou Andrés
sobre a escolha pelo treinador.
A questão é que não foram somente os aspectos dentro
de campo que foram preponderantes para que Mancini fosse escolhido como
técnico do Corinthians. Além de ser um treinador experiente, que tem
conhecimento amplo do futebol brasileiro e do clube, aspectos
contratuais e financeiros pesaram na decisão para contratar o
ex-comandante do Dragão.
Não vinha sendo fácil a procura por um nome de consenso na diretoria,
especialmente pelas condições que os consultados apresentavam: contratos
longos, com multas altas e cláusulas de proteção por conta do temor
pelas consequências da eleição presidencial do clube, que acontecerá em
28 de novembro. Sem contar que o término desta temporada será apenas em
fevereiro de 2021. Essas indefinições atuaram como repelentes no
mercado.
Com Vagner Mancini, o cenário foi diferente, já que ele topou um
contrato até dezembro de 2021 (outros pediram dois ou três anos), com um
salário bem abaixo do teto corintiano e sem imposições absurdas. A
opção é vista como interessante para o cenário atual, de restrição
financeira e calendário atípico, além de ser um profissional com "casca"
para encarar o momento do time.
A intenção é que Mancini já esteja à frente da equipe do Corinthians
contra o Athletico-PR, na próxima quarta-feira, na Arena da Baixada,
pela 16ª rodada do Brasileirão-2020. A primeira missão do treinador será
tirar o Timão da zona de rebaixamento. Atualmente o Alvinegro ocupa a
17ª posição com 15 pontos.
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