Auxílio de mil dólares: Bolsonaro diz que arredondou o valor no discurso na ONU

 


Durante live nas redes sociais nesta quinta-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro admitiu ter arredondado o valor do  auxílio emergencial em seu discurso durante conferência da Organização das Nações Unidas na última terça-feira (22).

Bolsonaro afirmou que o valor correto seria 960 dólares, mas, no discurso oficial, ele disse mil dólares. Nesta quinta (24), o presidente chamou de "esquerdalha" a imprensa e a população que questionou o valor citado na ONU.

"Eu disse no meu discurso da ONU que o total do auxílio emergencial será próximo de mil dólares, mas na verdade, dá 960 dólares. Mas foi o suficiente para baterem em mim. Agora, se você dividir simplesmente o volume, pela quantidade, você tem um número. Das 65 milhões de pessoas que receberam o auxílio emergencial de R$ 600, nas cinco primeiras parcelas, tínhamos ali 12 milhões de senhoras com filhos, e elas receberam o dobro, o que leva a média para em torno de 970, 960 dólares. Então, eu fiz a aproximação e foi o suficiente para a esquerdalha me acusar de mentiroso", disse Bolsonaro na live de hoje.

O ZN checou as contas. No total, o  auxílio emergencial pagará aos beneficiários cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300. Juntas, elas somam R$ 4,2 mil. 

Na cotação do dia,  mil dólares  equivaliam a mais de R$ 5,4 mil, o que significa que o arredondamento do presidente ignorou cerca de R$1,2 mil – ou duas parcelas de R$ 600 do auxílio emergencial. 

Além disso,  nem todos os beneficiários receberão as nove parcelas, que devem ser pagas até dezembro. Por outro lado, alguns grupos receberam um benefício maior, como  mães chefes de família, cuja parcela foi de R$ 1,2 mil.

Na live desta quinta (24), Bolsonaro disse também que o auxílio emergencial não foi reduzido para R$ 300, já que ele tinha sido criado para durar apenas três meses. 

"O custo total da pandemia vai chegar próximo – espero não ser rotulado de mentiroso – de R$ 1 trilhão. Nenhum país do mundo fez isso", disse o presidente.

Em seguida,  Bolsonaro criticou as medidas de isolamento social implantadas durante a pandemia, dizendo que o turismo parou e que houve impactos econômicos no país. "Aquela histeria do 'fica em casa e a economia a gente vê depois'", criticou.

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