O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse no começo da noite desta 3ª feira (11.ago.2020) que “hoje houve uma debandada” de sua pasta. Ele se refere às saídas de 2 de seus secretários especiais: Salim Mattar e Paulo Uebel.
Mattar era responsável pela área de Desestatização e Privatização. Uebel, pela Desburocratização, Gestão e Governo Digital. De acordo com o ministro, eles pediram demissão.
“O Salim hoje me disse o seguinte: ‘A privatização não está andando, eu prefiro sair’. E o Uebel me disse o seguinte: ‘A reforma administrativa não está sendo enviada, eu prefiro sair’. Esse é o fato, essa é a verdade, eu não escondo”, declarou Paulo Guedes.
O ministro falou na porta do Ministério da Economia ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do líder do Centrão, Arthur Lira (PP-AL). Na saída, eles afirmaram que a reunião “foi uma operação ‘segura o teto'”, nas palavras de Guedes.
O ministro agradeceu o trabalho dos secretários demissionários. Disse que o governo está preocupado com o andamento das reformas e do ajuste fiscal.
“Quem dá o timming é a política, quem tem voto é a política. Se o presidente da Câmara quiser pautar algo, é pautado. Se o presidente da República quiser mandar uma reforma, é mandado, se não quiser, não é mandado. Quem manda não é o ministro e nem os secretários. E os secretários, enquanto o negócio não anda, pode desistir ou insistir.”
Chega a 5 o número de membros do alto escalão da equipe econômica que pediram demissão em 2 meses. Eis os outros 3:
- Mansueto Almeida (ex-secretário do Tesouro), que irá para o BTG Pactual;
- Rubem Novaes, que deixará a presidência do Banco do Brasil;
- Caio Megale também desfalcaram a equipe do Guedes, ex-diretor de programas da Secretaria Especial de Fazenda.
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