Em evento virtual promovido pela Associação Brasileira de Indústria de Base (Abdib), o ministro disse querer “dignificar” essas atividades e que é preciso dar ferramentas para os trabalhadores saírem da assistência social.
“Qualquer brasileiro que cair, em qualquer momento, ele cai no Renda Brasil. Mas se ele não tiver mutilações físicas, defeitos que o impeçam… Às vezes é um idoso, mutilado, que vende bala no sinal, aí talvez não consiga ser empregado e merece ser amparado no Renda Brasil. Mas o outro, mais jovem, pode ter caído emergencialmente. Temos que ter as ferramentas para ele sair da assistência social”, disse.
O ministro afirmou que o Renda Brasil reunirá programas sociais existentes e terá valor mais alto do que o Bolsa Família.
Guedes disse também que o presidente Jair Bolsonaro está “determinado” a continuar com as reformas estruturais. O ministro voltou a traçar um prognóstico positivo para a recuperação da atividade econômica após o momento mais dramático dos efeitos da pandemia do novo coronavírus.
“O presidente está determinado a seguir em frente (com reformas) e o Congresso é reformista”, disse Guedes, logo após dizer que o Brasil vai “surpreender o mundo” com sua dinâmica política.
No mês passado, Bolsonaro disse que a reforma administrativa deve ser enviada apenas no ano que vem e defendeu uma versão “enxuta” da reforma tributária.
Hoje, o ministro da Economia disse que a reforma administrativa ainda está na pauta, mas não se comprometeu com datas de envio da proposta. “Voltaremos (ao assunto) ainda neste governo”, afirmou.
Em seu diagnóstico para a retomada, Guedes disse que se o governo e o Congresso trabalharem fortemente nos próximos três ou quatro meses, haverá um cenário “muito favorável” para o ano que vem.
“Aí sim podemos dizer que recuperação será em V”, afirmou o ministro, reconhecendo que seria um V mais aberto (refletindo uma retomada um pouco mais lenta), “mas ainda em V”.
Guedes admitiu que houve “semanas muito difíceis” em que o crédito não estava chegando na ponta, apesar das ações para garantir liquidez às empresas nesse momento de dificuldade.
No entanto, ele afirmou que as medidas foram aprimoradas e que “nos próximos 60, 90 dias, o dinheiro terá chegado”.
O ministro afirmou que a retomada das atividades precisa ser devagar para respeitar protocolos de saúde, mas garantiu que o governo não vai “ficar parado”. “Nosso Congresso vai avançar com reformas que permitem destravar o horizonte de investimentos. Saneamento é só o começo”, disse.
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