Um desenho preliminar do Renda Brasil
prevê 1 orçamento de R$ 51,7 bilhões por ano. O programa, que vai
substituir o Bolsa Família, beneficiaria 18,6 milhões de famílias,
chegando a 57,3 milhões de pessoas. O Bolsa Família beneficia atualmente
13,2 milhões de famílias (41 milhões de pessoas) e tem orçamento anual
de R$ 32 bilhões.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, uma
das mudanças presentes na proposta em discussão no Ministério da
Economia é o valor do benefício médio, que passaria de R$ 190,16 para R$
232,31. Poderão aderir ao Renda Brasil famílias com renda per capita
mensal de até R$ 250. No Bolsa Família, esse limite é de R$ 178.
A ideia do governo é que o Renda Brasil
seja uma alternativa para parte das pessoas que agora recebem o auxílio
emergencial de R$ 600 por conta da pandemia da covid-19. O governo prorrogou o auxílio por mais dois meses, sem alterar o valor.
Especialistas ouvidos pelo Estadão
alertam que cerca de 60 milhões de brasileiros que recebem o auxílio
emergencial não teriam direito ao Renda Brasil e ficariam desamparados
em 2 meses, quando dificilmente a pandemia terá passado.
O
Renda Brasil prevê ainda o aumento de outros benefícios. Famílias com
crianças e adolescentes de até 15 anos receberiam R$ 100 (per capita) em
vez de R$ 41. Além disso, a proposta inclui a concessão de “vouchers”
como forma de eliminar o déficit de creches no Brasil.
O governo quer que o programa seja implementado no 2º semestre de 2020. Para isso, as medidas precisam passar pelo Congresso.
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