Bolsonaro vai ao RS mesmo após afirmar estar com “mofo” no pulmão

Durante transmissão ao vivo, nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que pegou “mofo no pulmão”. Ao falar sobre a viagem prevista para sexta-feira, a Bagé (RS), Bolsonaro comentou, sem dar mais detalhes, que havia acabado de fazer um exame de sangue porque sentiu fraqueza no dia anterior e teve “um pouco de infecção”. Ele contou que está tomando antibiótico, mas não revelou qual.

Em visita ao Nordeste, nesta quinta, após descer do avião presidencial, na área externa do terminal de São Raimundo Nonato, no Piauí, Bolsonaro montou em um cavalo em meio a uma aglomeração de apoiadores e chegou a tirar a máscara que usava no rosto.

“Previsto ir a Bagé amanhã. Acabei de fazer um exame de sangue, estava com um pouco de fraqueza ontem, um pouco de infecção também. Tô agora no antibiótico. Deve ser… depois de 20 dias aí dentro de casa, a gente pega outros problemas. Peguei mofo, mofo no pulmão [risos]. E amanhã, barra pesada, porque a temperatura lá em Bagé tá zero grau”, declarou na transmissão ao vivo.

O Brasil tem atualmente 91.377 mortos pela covid-19 e 2.613.789 que contraíram a doença, segundo o boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa, formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.

Além da declaração sobre sua saúde, o presidente afirmou que o Parlamento brasileiro tem votado muita coisa com o governo e que a relação está “começando a engrenar”.

“Elogiei o Parlamento brasileiro [na viagem], sei que alguns vão me criticar por causa disso, acontece. Tem votado muita coisa conosco. Estamos começando a engrenar com o Parlamento. Ontem, foram quatro medidas provisórias aprovadas”, declarou o presidente, que foi a Campo Alegre de Lourdes (BA) para inaugurar o sistema integrado de abastecimento de água, e ao Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI).

Apesar das vitórias citadas por Bolsonaro, o governo sofreu na semana passada uma derrota com a aprovação da proposta de renovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que depois tentou vender como um triunfo, mesmo ser ter dado atenção para o tema durante mais de um ano e tendo apresentado um texto em cima da hora, que foi rejeitado.

O presidente disse ainda que espera que o Congresso vote e aprove a medida provisória (MP) 984, que altera a forma de comercialização dos direitos de transmissão do futebol brasileiro. O pedido foi para que a MP não caduque, ou seja, perca a validade por não ser votada dentro do prazo legal.

A reportagem procurou a Presidência para obter mais informações sobre a saúde do presidente, e o Planalto disse que não iria comentar o assunto.

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