O governador do Rio, Wilson Witzel,
alegou a compra errada de respiradores para pacientes de Covid-19 para
romper o contrato com organização social Iabas - Instituto de Atenção
Básica e Avançada à Saúde, responsável pela construção de sete hospitais
de campanha.
Em vídeo publicado na internet nesta quarta-feira
(3), Witzel sustentou que sua decisão de romper o contrato e intervir
nos hospitais foi tomada após a informação de que os 500 aparelhos que a
organização está comprando não são respiradores, mas carrinhos de
anestesia, que não podem ser utilizados nas unidades de saúde.“Não podemos continuar com erros, eles precisam ser corrigidos. A Fundação Estadual de Saúde assume [os hospitais] para concluir as obras, operar o sistema e deixar um legado. Esses hospitais de campanha serão muito importantes para a reabertura da economia, para gerar empregos e, principalmente, para ajudar no futuro com cirurgias eletivas”, disse o governador.
O Iabas se manifestou, em nota, dizendo que a Secretaria de Estado de Saúde (SES) tinha conhecimento das aquisições contratadas, inclusive dos respiradores acoplados a carrinhos de anestesia. Segundo a entidade, o equipamento é recomendado pela Associação Médica Brasileira como alternativa para tratar pacientes de covid-19, diante da escassez de respiradores no mercado mundial.
“O Iabas informa que, desde o início das negociações para compra dos carrinhos de anestesia em substituição aos respiradores, a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro sempre esteve informada. É consenso internacional a utilização de carrinhos de anestesia como ventiladores, principalmente no momento atual, em que sistemas de saúde do mundo inteiro estão em busca desses equipamentos, o que leva à escassez do produto”, afirmou a empresa.
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