O governo prevê investir 127 milhões de dólares no projeto e estima que cada dose da vacina vai custar 2,30 dólares. A vacina de que trata o acordo foi desenvolvida pela AstraZeneca e pela universidade de Oxford, na Inglaterra, e está em fase avançada de testes em diversos países, incluindo o Brasil.
“Entre outubro e novembro teremos os resultados preliminares dos testes, feitos tanto no brasil como em outros países. E isso servirá de base para o registro da vacina para uso”, diz Camile Giaretta Sachetti, diretora de ciência e tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos.
O acordo prevê que a Fiocruz vai produzir dois lotes iniciais em dezembro deste ano e em janeiro de 2021, totalizando 30,4 milhões de doses. Depois disso, se a eficácia da vacina se confirmar, haverá importação de mais insumos para a fabricação de mais 70 milhões de doses, totalizando 100 milhões.
“É uma encomenda tecnológica e envolve um risco. Os estudos preliminares mostram que a vacina tem resposta imunológica significativa. Se descobrirmos que ela tem algum efeito negativo ou não tem eficácia comprovada, teremos aprendido com isso e teremos capacitado nosso parque tecnológico para produzir outras vacinas”, diz Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde.
“Produzir pode ser mais caro que importar. Mas tem seu valor estratégico para o país, ao capacitar nosso parque industrial. Em 2021 poderemos ter outras opções de vacinas. Vamos avaliar o cenário em função disso”, afirma Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
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