A Organização Social Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), que foi contratada pelo governo do RJ para a construção de sete unidades no estado no combate contra o novo coronavírus, informou que ainda não há sabe quando poderão ser abertas as duas unidades.
O Iabas divulgou uma nota na manhã desta sexta-feira (29) informando que uma reunião com a Secretaria Estadual de Saúde está agendada para as 16h para discutir, entre outros assuntos, “um novo cronograma de entrada em operação” das unidades. Confira abaixo a íntegra da nota.
Só em São Gonçalo já foram 4 adiamentos para o lançamento – a data inicial era 30 de abril, depois 17, 27 e 28 de maio. A expectativa é que unidade tenha 200 leitos – 80 de unidade de terapia intensiva e 120 de enfermaria.
No dia 27 de maio, o Iabas informou que o chão do hospital de São Gonçalo foi contaminado após uma vistoria feita pelo deputado estadual Felipe Poubel (PSL). Segundo o Iabas, o piche que estava nos calçados dos seguranças do deputado contaminou o chão do hospital e precisaria ser reformado.
Nova Iguaçu
Em Nova Iguaçu, já são 5 atrasos. A unidade terá 200 leitos, sendo 40 de UTI. A cidade só tem 75 leitos disponíveis para o tratamento de Covid-19. São 1.380 casos e 159 mortes pela doença.No município, vão funcionar dois tipos de hospital, um modular e um de campanha.
O modular, também destinado ao tratamento de pacientes com Covid-19, já tem 100 leitos prontos, mas todos sem respiradores.
Segundo a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras do Rio de Janeiro (Seinfra), agora depende da Secretaria Estadual de Saúde, apontada como a responsável pela gestão do espaço, determinar quando os leitos serão abertos.
A pasta, no entanto, informou que a data será definida pelo Iabas.
Nota do Iabas
“O IABAS e a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro se reunirão nesta sexta-feira, 29, às 16 horas, quando discutirão a estratégia para o enfrentamento das dificuldades criadas pela suspensão dos pagamentos imposta pelo TCE, agravando ainda mais a dificuldade de contratação de médicos e pessoal técnico para a unidade de São Gonçalo. O IABAS já vinha enfrentando resistência por parte dos profissionais de saúde em trabalharem nesta unidade em consequência da insegurança da região, agravada pela manifestação violenta por parte do deputado Filippe Poubel e um grupo de simpatizantes armados.Desta forma, a entrada em operação do hospital ficou comprometida. Há também falta no mercado de medicamentos essenciais ao tratamento de pacientes graves. Aliado a estes fatos, o CREA e o Ministério Público do Trabalho notificaram o IABAS para realizar adequações na estrutura. Diante disso, o IABAS solicitou uma reunião com a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro na tarde desta sexta-feira para encontrar uma solução que cause menos transtornos à população.
Na mesma reunião será discutido um novo cronograma de entrada em operação das demais unidades, que também podem ter a entrega comprometida pelo corte de recursos.”
Fonte: G1
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