O ministro da Economia, Paulo Guedes, avalia estender o pagamento do auxílio emergencial. Hoje, o programa paga três parcelas de R$ 600 para desempregados, autônomos e informais.
Qual a proposta dele? Ele pretende reduzir o valor do auxílio emergencial para R$ 200, após o pagamento da terceira parcela do benefício, segundo a Folha de S.Paulo. É o mesmo valor do Bolsa Família.
“O que a sociedade prefere, um mês de R$ 600 ou três de R$ 200? É
esse tipo de conta que estamos fazendo. É possível que aconteça uma
extensão. Mas será que temos dinheiro para uma extensão a R$ 600? Acho
que não”, afirmou ele em reunião com empresários.
Por quanto tempo seria a prorrogação? Ainda não está
definido. Seria por mais um ou dois meses ou então ele seria
incorporado a outro programa assistencial do governo.
Por que não dá para manter em R$ 600? O secretário
do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse uma transferência
permanente desse porte seria impossível do ponto de vista fiscal. Ele
reconheceu, porém, que o governo pode ter de priorizar ainda mais
programas de transferência focalizados, como o Bolsa Família.
Por que a correlação com o Bolsa Família? Mansueto
lembrou que o Bolsa Família é um programa “barato” – seus cerca de R$ 30
bilhões anuais respondem por 0,5% do PIB – e tem bons resultados no
combate à pobreza.
Já no caso dos informais, o secretário defendeu que a solução é criar
políticas para combater a informalidade em vez de colocar todo esse
contingente de pessoas num novo programa de transferência de
renda. “Talvez tenhamos que sair da crise priorizando ainda mais um
programa como o Bolsa Família”, afirmou. “O auxílio emergencial, como
diz o nome, é emergencial.”
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