Brasil terá saída parcial e por regiões do isolamento, diz pesquisadora


O Brasil não deixará o isolamento de uma vez. Essa é a visão da cardiologista e pesquisadora Ludhmila Hajjar, diretora de Ciência e Inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A médica avalia que as medidas de distanciamento social –adotadas para conter a disseminação da pandemia do coronavírus– devem ser afrouxadas de maneira gradual e por cidades ou regiões. Ela afirmou que tudo dependerá do número e da estabilidade dos casos registrados em cada localidade.
“Vamos supor que tenham regiões ou cidades com número muito pequeno de casos e estável nos últimos dias. É possível você ir retirando do isolamento de acordo com essa geografia e esses dados que virão”, declarou Ludhmila.
A pesquisadora diz que o isolamento adotado quase nacionalmente é necessário por causa das taxas de mortalidade e de transmissão da covid-19. “Não acho que haja exagero”, declarou Ludhmila Hajjar. Segundo a cardiologista, uma pessoa com o vírus infecta em média outras 3.
Para uma retomada parcial das atividades, Ludhmila afirmou que é necessário primeiro achatar a curva de contaminações –teoria amplamente aceita entre médicos de vários países. Ou seja, manter a taxa de transmissão estável. A contenção da escalada de casos possibilitará ao governo 1 tempo maior para reestruturar hospitais, evitando 1 risco de falta de leitos.
“Se não achatar a curva, não estaremos preparados. Se a gente não aderir ao recomendado, podemos chegar a uma superlotação [de hospitais], disse Ludhmila em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, apresentador do programa Poder em Foco, uma parceria editorial do SBT com o jornal digital Poder360.

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