Segundo
Marinho, a expectativa é que os funcionários temporários contratados
para o INSS sejam treinados até o final de março ou abril. A partir daí,
o governo calcula em seis a sete meses o tempo necessário para eliminar
o estoque antigo de pedidos de aposentadoria.
O
esforço inclui a contratação de cerca de 7 mil pessoas, entre eles
aposentados do próprio INSS, que não precisarão de treinamento para
receber a população. Uma MP será editada até a próxima semana para criar
condições da contratação temporária.
Os contratados vão ganhar 30% do
salário que recebiam quanto se aposentaram. A contratação é temporária,
mas o prazo pode durar por até quatro anos, afirmou Marinho, que
participou de debate com executivos no Rio.
A
expectativa inicial era que a fila se regularizasse em 15 meses, apenas
mantendo medidas implementadas em 2019, como o pagamento de bônus para
que os servidores trabalhem em horas extras na avaliação dos pedidos.
Marinho
defendeu que o problema foi gerado em governos anteriores, com o
incentivo a aposentadoria de cerca de sete mil servidores do instituto
em 2019 e a criação do aplicativo para pedido virtual do benefício sem
mudanças na estrutura do órgão.
O
secretário argumentou ainda que a realização de um concurso público
para o órgão, além de ir contra o projeto de redução do estado, não
surtiria efeitos, já que o processo demandaria cerca de um ano até que
os novos servidores assumissem.
Segundo ele, o governo Bolsonaro vem
conseguindo subtrair mensalmente 70 mil pedidos da fila de processos
atrasados, que soma cerca de 1,3 milhão de pedidos. A cada mês, mais
cerca de um milhão de pessoas dão entrada em novos processos.
—
O sistema beneficiário não é um sistema qualquer — defendeu Marinho,
alegando que são 35 milhões de beneficiários, R$ 50 bilhões em pagamento
mensais e capilaridade por todo o Brasil. Atualmente, mais de 90% dos
processos são iniciados de forma virtual.