Bolsonaro tem avaliação da pandemia pior que governadores


Levantamento Datafolha divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo na manhã desta 2ª feira (23.mar.2020) mostra que 35% dos entrevistados aprovam a gestão do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia de coronavírus. Já o trabalho dos governadores é aprovado por 54%. O Ministério da Saúde também é mais bem avaliado que o chefe do Executivo: 55% aprovam o trabalho da pasta.
O Datafolha entrevistou 1.558 pessoas por telefone nos dias 18 a 20 de março. O resultado, com margem de erro é de 3 pontos percentuais.
A gestão de Bolsonaro na crise é considerada regular por 26% dos entrevistados e reprovada (considerada ruim ou péssima) por 33%. Os percentuais se assemelham aos de pesquisas de aprovação do desempenho do presidente em geral.
O levantamento também aponta que 15% dos eleitores de Bolsonaro disseram se arrepender de ter votado nele em 2018. O índice sobe para 49% entre os eleitores que votaram no presidente, mas reprovam sua atuação na crise.
A 1ª parte da pesquisa foi divulgada no domingo (22.mar.2020) e mostrava que os brasileiros estão assustados com a pandemia de coronavírus e que a maioria apoia as medidas drásticas que estão sendo adotadas no enfrentamento da doença.
O presidente Bolsonaro e os governadores divergem sobre quais medidas devem ser tomadas. Enquanto os líderes estaduais determinam medidas restritivas de isolamento, Bolsonaro minimiza o problema e diz que os os chefes estaduais estão “exterminando” vagas de emprego no Brasil. Chegou a falar que se tratava de “histeria” propalada pela mídia.
Frente a discordância com os governadores, Bolsonaro busca se aproximar dos prefeitos. Neste domingo (22.mar.2020), se reuniu com os líderes municipais por video conferência e ouviu seus pleitos.  Em entrevista à TV Record disse que está fazendo contato com os prefeitos porque “é lá que o povo vive”.
“Estamos fazendo o contato direto com os prefeitos, porque é lá que o povo vive. E não na fantasia de alguns governadores. Esse é o nosso trabalho. E acalmar a população. Evitar que o pânico chegue no meio da população, porque as consequências serão trágicas”, afirmou.

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