Sobe para 132 o número de casos suspeitos de Covid-19 no Brasil

 

Chegou a 132 o número de casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus no Brasil. Até o momento, foi confirmado 1 caso de Covid-19 –nome científico atribuído à doença transmitida pelo vírus que se espalhou a partir da China–, em São Paulo.
Dos casos suspeitos, 121 têm histórico de viagem para países com incidência da doença, 8 são de contatos com casos suspeitos e 3 foram de contatos com o caso confirmado. Os dados são do boletim do Ministério da Saúde, atualizado às 17h desta 5ª feira (27.fev.2020).

Os pacientes estão sendo monitorados pelas autoridades por meio de acompanhamento em isolamento domiciliar. “O isolamento domiciliar tem eficácia para casos transmitidos por gotículas tanto quanto quando você está em 1 hospital”, disse o ministro da Saúde, Henrique Mandetta.
A pasta informou que há ainda 213 notificações de casos que não foram analisados se estão entre os critérios para diagnóstico do Covid-19. A estimativa é que o número de suspeitos possa chegar a 300.

Na tarde dessa 5ª feira (27.fev), o ministro da Saúde informou também que decidiu antecipar em 23 dias a campanha nacional de vacinação contra a gripe devido ao temor provocado pela Covid-19. Agora, a campanha terá início em 23 de março.
Mandetta disse que a medida é uma forma de distinguir os sintomas da Covid-19 de outras doenças virais.
A campanha será gradual, iniciando por crianças de até 6 anos, depois gestantes e idosos. Em seguida, outros segmentos da sociedade serão selecionados, como a população carcerária.
“Esse ano nós vamos fazer outros grupos, não só os idosos. Devemos fazer uma força de segurança. População presidiária completa, ampliar seguimentos para diminuir a circulação epidêmica”, disse.
O ministro falou em entrevista a jornalistas no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo de São Paulo. Também estavam presentes o governador João Doria; o secretário de Saúde do Estado, José Henrique Germann; o coordenador do centro de contingência de São Paulo, David Uip; a diretora da vigilância sanitária estadual, Helena Sato; o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas; e Cléber Mata, da comunicação do governo.

Brasil e OMS

Mandetta afirma que os governos federal, estadual e municipal têm seguido todas as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde). No entanto, cobrou que a organização classifique o Covid-19 como uma “pandemia”, reconhecendo que o novo coronavírus afeta pessoas ao redor do mundo.
“Vamos nos concentrar em 3 medidas: testes rápidos a disposição dos ambulatórios; procura de 1 retroviral; e objetivar uma vacina”, disse o ministro ao falar sobre as ações do governo federal em sequência da OMS.