
Como já era esperado, a atual campeã Mangueira foi um dos grandes destaques da noite e levou todos a refletirem sobre o mundo intolerante que Jesus encontraria, nos dias de hoje. Em um de seus carros, a escola representou um jovem Jesus negro crucificado e também fez referências a indígenas, mulheres e membros da comunidade LGBT, num grande pedido de respeito às diferenças.

A União da Ilha do Governador retratou as dificuldades vividas nas comunidades cariocas, através da ótica de uma mulher negra grávida, que espera um futuro melhor para seu filho. Em suas alegorias, a escola trouxe elementos que representavam essas dificuldades e apontavam para educação e cultura como chave para o progresso. Embora tenha extrapolado o tempo de desfile e tenha tido grandes problemas técnicos, a escola fugiu do óbvio e surpreendeu muito, agitando as arquibancadas. A rainha Gracyanne Barbosa deu um show de simpatia junto à bateria, encenando professores e alunos num forte e emocionante pedido de paz.
A Viradouro levou Salvador para a Sapucaí, exaltando mulheres negras da capital baiana. O show começou pela comissão de frente, onde a atleta da seleção brasileira de nado sincronizado Anna Giulia mergulhava em um grande aquário de vidro, impressionando o público presente. A escola pintou a avenida com um show de cores vibrantes em alas bem alinhadas e animadas.
