
As previsões de demanda para 2020 caíram para 825 mil barris ao dia, 365 mil a menos que na estimativa anterior, o menor nível desde 2011.
A AIE prevê ainda uma contração da demanda no primeiro trimestre, pela primeira vez em mais de 10 anos, em 435 mil barris ao dia.
"As consequências do COVID-19 (nome oficial da doença provocada pelo novo coronavírus) para a demanda mundial de petróleo serão significativas", afirma a AIE em seu relatório mensal.
A agência aponta "uma importante desaceleração do consumo de petróleo e da economia da China em seu conjunto" enquanto persiste o impacto mundial da epidemia.
A AIE destaca que a epidemia de Sars de 2003 não é comparável com a atual porque a China é um país muito diferente.
Em 2003 a demanda de petróleo chinesa era de 5,7 milhões de barris ao dia (mbd). No ano passado foi mais que o dobro, de 13,7 mbd.
Em 2019, a China representou mais de 75% do crescimento da demanda de petróleo.
"Hoje (a China) está no centro das redes de abastecimento mundiais e as viagens com destino e procedentes do país aumentaram muito, o que eleva as possibilidades de propagação do vírus", afirma a AIE.
A Organização de Países Produtores de Petróleo (OPEP) reduziu ontem a previsão de demanda mundial e destacou o impacto na China do coronavírus, em particular nos combustíveis usados para a aviação.