Segundo a SBD, o número de portadores da doença tende a crescer no Brasil, passando de 14,3 milhões de pacientes atuais para 23,3 milhões em 2040. A IDF (Federação Internacional de Diabetes, na sigla em inglês) estima que no ano de 2045 sejam 629 milhões de diabéticos ao redor do globo.
Atualmente, 90% dos casos, tanto no Brasil, quanto no mundo, são de diabetes tipo 2, e os outros 10% são de diabetes tipo 1. Porém, embora os níveis de diabéticos do tipo 2 sejam altos, o número de adesão ao tratamento é baixo, totalizando 23%, de acordo com dados apresentados durante um evento da ADJ Diabetes Brasil realizado na quinta-feira (13), em São Paulo.
Segundo a endocrinologista Denise Franco, diretora da ADJ Diabetes Brasil, a baixa adesão se dá pela falta de aceitação da doença e do tratamento, e também da depressão, que pode vir ou não por tais motivos, o que faz com que os pacientes fiquem menos motivados a se cuidarem.
Outro cenário preocupante, segundo a especialista, é o aumento de diabéticos tipo 2 abaixo de 18 anos. "Esse aumento se dá na população em geral, mas estamos observando isso entre os mais jovens também, e os números acompanham os níveis de obesidade e sedentarismo", afirma.
"A bomba de insulina é uma ótima opção para quem depende [da substância]. Porém, a recomendação não é para todos, pois depende da indicação, aceitação e controle do paciente", conta a médica.
O aparelho de bomba de insulina já é disponibilizado no mercado
brasileiro, mas não há previsão de incorporação do produto na rede
pública. "Acabamos de conseguir a incorporação de insulinas análogas,
então deve demorar para que o governo também implemente as bombas",
finaliza.